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Os Partidos

Tribuna de Petrópolis

30 de maio de 2008

Os objetivos do golpe de Estado no Brasil não foram alcançados senão quando a política dos partidos se tornou definitivamente um espetáculo promocional festivo, cheio de tédio, individualista, sob confissões de “alegria” e “dedicação” inteiramente decorativas... Ao povo se oferece para a escolha eleitoral postulantes, da mesma forma que jogadores de futebol para a “grande copa”, ou vedetes para o “grande prêmio do cinema”...

O golpe de Estado nos países latino-americanos não deve ser compreendido como resultado de “interesses ianques” – como se Henry Kissinger, a CIA e o Pentágono, Lincoln Gordon, e todos os outros, trabalhassem para fazer prevalecer os interesses da sociedade de seu país, ainda que de forma violenta, lesando porisso os direitos das sociedades dos países do “terceiro mundo”.

Esses atores, assim como os serviços secretos militares a serviço da CIA, o monopólio das telecomunicações capitaneado por Roberto Marinho nos anos 80, o ataque dos Bushes e de Israel ao mundo árabe, e a candidatura Hilary Clinton, são facções muito bem posicionadas para defender os interesses do super-estado financeiro-feudal promovido pelos banqueiros Rothschild ao longo do séc. XIX, e pelos banqueiros Rockefeller a partir de 1919, com suporte de várias outras dinastias financistas. (Leia-se “Clube Bilderberg”, Daniel Estulin, Ed. Planeta, 2005). Este super-estado paralelo domina o Ocidente, e lesa os interesses dos povos ianques, latino-americanos e europeus igualmente (financiando Hitler, p. ex.).

A idéia de que a classe política precisa ser levada ao ridículo, se tornando uma claque de atores deslumbrados, sendo criadas falsas contradições, e jogando-se os atores uns contra os outros através de propaganda e de meios de comunicação monopolizados; o projeto central de corromper as instituições civis e “minimalizar” o Estado; a promoção da cultura vulgar e pornográfica; a promoção da criminalidade e da polícia corrupta; a compra dos governantes – enfim, são os conceitos centrais do famoso manual “Protocolos de Sion”...

Antes que se diga, estes “protocolos” não pertencem, e não defendem, os interesses supostamente dos "judeus" [antigo povo hebreu], os quais são também manipulados.

Os Protocolos de Sion, concebidos ao longo do séc. XIX pela dinastia Rothschild e pelos “Illuminati” da Bavária, são uma espécie de “chicletes”: quanto mais se tenta provar que seriam “forjados”, mais fica evidente seu macabro fundo de pura realidade!

A imposição do projeto dos “protocolos” se mostra tipicamente no Brasil com o sucesso eleitoral de Fernando Collor em 1989. A resistência à hegemonia do super-estado monárquico-financeiro se deu na América Latina através de algumas lideranças que entenderam a necessidade de se reforçar os Estados nacionais, e “politizar” a classe política: dar a ela um projeto moral e de compromisso, muito além da mera distribuição de benesses e agrados ao “povo”...

O fato específico que denota a hegemonia dos banqueiros é que nenhum governante, Presidente, Governador, Prefeito, tem qualquer eficácia, caso não tenha “muito dinheiro”: verbas oficiais e bastante “caixa-2”... Ao contrário, sendo um político voluptuoso, vazio, sem projetos, mas com “muito dinheiro”, com certeza o sucesso lhe sorrirá, com aplausos, holofotes e homenagens na “mídia” totalitária.

Nos tempos de antanho, quando a política dos partidos funcionava no Brasil,

o país teve o que se poderia denominar um projeto de Social-Democracia. Em sua forma mais verdadeira, este conceito diz respeito à união da classe empresarial que acredita no verdadeiro livre-mercado, com a classe média liberal, e com a classe trabalhadora, contra a oligarquia financeira e os monopólios cartelizados internacionais.

Um Estado Nacional Social-Democrata eficaz, entretanto, não pode depender exclusivamente do torneio eleitoral, tão facilmente manipulado. É necessario a educação política, civil, ética, dos votantes. Esta seria a princípio a função dos partidos.

Contudo, vivemos na perfeita contra-mão da História: ao invés de serem os partidos uma expressão da consciência civil da sociedade, e daí formando seus projetos, e seus quadros, que seriam os candidatos do jogo eleitoral, e que, uma vez eleitos, estariam expressando como líderes estes projetos coletivos partidários, - o que temos são lideranças que se utilizam dos votos partidários e eleitorais para alcançar as máquinas de governo, para dar cargos a seus seguidores, os quais se tornam tropa de choque do líder, se tornando os partidos empresas eleitorais-marqueteiras-propinodutas, que trabalham para os projetos individuais dos líderes, para a reconquista dos Executivos a cada novo torneio eleitoral, o que se repete indefinidamente...

Em tempo: para aqueles que apostam no “enterro de uma sigla”, o retorno de Leonel Brizola e a fundação do PDT foi um exemplo de resistência à politica feudal-financeira no Brasil, em 1980.

C.M.Barroso